sexta-feira, 27 de setembro de 2013

BRASIL SOFRE APAGÃO, E PERDE PARA CUBA NAS SEMIFINAIS DA COPA AMÉRICA FEMININA

Via GloboEsporte.com

Após sofrer um apagão no primeiro tempo e ver as cubanas abrirem 19 pontos de vantagem (40 a 21), o Brasil reagiu, empatou no fim (68 a 68), mas acabou sendo surpreendido pelas rivais, mais uma vez, num duelo que ganhou contornos dramáticos na Copa América de basquete feminino.  Soberana no garrafão e com aproveitamento tanto nos arremessos de curta como de longa distância, Cuba venceu as brasileiras por 72 a 68, levantando a torcida no ginásio da Universidad Veracruzana, em Xalapa, no México. Com o resultado, o time comandado pelo técnico Alberto Zabala carimbou o passaporte para o Mundial de 2014, na Turquia, e disputa a final contra o Canadá, que venceu Porto Rico, neste sábado, às 22h. Se ainda quiser sonhar com sua classificação, a seleção brasileira terá de superar Porto Rico, também no sábado, às 19h45m, na disputa pelo terceiro lugar.
A cubana Noblet foi a cestinha da partida, com 18 pontos e 11 rebotes. A companheira Cepeda Valle também anotou um duplo-duplo: 10 pontos e 15 rebotes. Pelo lado verde-amarelo, a maior pontuadora foi Adrianinha, com 15. As caribenhas pegaram 46 rebotes contra apenas 30 das sul-americanas.
Brasil começa dormindo
As cubanas começaram pressionando, com jogadas inteligentes da armadora Oyanaisy Gelis, muito rápida e habilidosa. Após abrir 4 a 0 no placar, Clarissa usou a tabela para diminuir, de bandeja. Agressivas no ataque e fortes fisicamente, as caribenhas venciam, eram soberanas no garrafão, e cometiam poucos erros de arremesso, enquanto as brasileiras não estavam com a pontaria calibrada.
Perdendo por 8 a 2, Zanon pediu tempo, reorganizou o time, mas a vantagem das rivais subiu para 10 pontos, com a cesta de Oquendo: 14 a 4. Gelis e Valdes, ambas com seis pontos, eram as mais perigosas. Com boas infiltrações, Patrícia era a melhor do time verde-amarelo em quadra, com seis pontos. A 22 segundos do fim, Cepeda recebeu livre na esquerda do ataque cubano, arremessou e fez os últimos dois pontos do primeiro quarto: 22 a 15.
Empurradas pela torcida local, que gritava “Cuba! Cuba!”, as caribenhas abriram 27 a 15 no segundo quarto. Apático, o Brasil não conseguia se encontrar em quadra. Quando chegava perto da cesta, esbarrava no aro.  Cuba, por sua vez, era eficiente no ataque e na defesa, e atuava livremente no garrafão, pegando todos os rebotes. O time verde-amarelo estava irreconhecível e o apagão parecia não ter fim.
Enquanto as brasileiras anotaram apenas seis pontos no segundo quarto, as cubanas acertaram 18. Passeando em quadra, as rivais ampliaram a vantagem para 19 pontos: 40 a 21, sem dificuldades. Oquendo foi a cestinha do primeiro tempo, com 13 pontos. Outro destaque da seleção caribenha foi Noblet, com 10. A ala-pivô ainda pegou oito rebotes. Cuba pegou 26 rebotes (11 ofensivos e 15 defensivos) contra apenas 14 do Brasil.
Seleção acorda na reta final
As brasileiras voltaram com outra postura para a quadra e as cubanas passaram a cometer erros de arremessos. Damiris arrancou com velocidade no contra-ataque e acertou uma cesta de dois, puxando a reação verde-amarela. No lance seguinte, Adrianinha ampliou e sofreu falta, convertendo o lance livre:  42 a 28. O time parece que levou um choque de realidade no intervalo. Com bom aproveitamento nos tiros de curta e longa distância, Adrianinha diminuiu: 47 a 35, a cinco minutos do fim do terceiro quarto.
Gelis esfriou os ânimos com uma cesta de três pontos, mas Karla respondeu na mesma moeda: 49 a 38. Após sofrer falta, Karla converteu os dois lances livres e a diferença diminuiu para sete pontos: 52 a 45. A cinco segundos do fim da etapa, a veterana acertou mais dois lances livres e correu para comemorar com o treinador e as companheiras no banco de reservas: 55 a 49.
A torcida, que ficou calada durante a reação brasileira, voltou a se manifestar, apoiando as caribenhas. Ressurgindo das cinzas, a equipe canarinho diminuiu a diferença para apenas três pontos, com um arremesso certeiro de longa distância de Débora: 57 a 54. As cubanas sentiram a pressão cometeram sucessivos erros de arremesso, perdendo a soberania no garrafão. Ainda assim, as cubaram retomaram o controle e voltaram a abrir oito pontos de vantagem, com um tiro de Cepeda Valle:  62 a 54.
No último minuto, Adrianinha empatou o jogo por 68 a 68, e o jogo ganhou contornos dramáticos. Cuba assumiu a dianteira, de novo (70 a 68) e Adrianinha quase virou com uma cesta de três - a bola ameaçou entrar, mas acabou indo para fora. As caribenhas se levantaram no banco de reservas, bateram palmas e a torcida “cubana” incendiou o ginásio da Universidad Veracruzana.  A 15 segundos do fim, Zanon pediu tempo. A  vantagem era de apenas três pontos (71 a 68) e o público se levantou. 
Apesar do esforço, não deu tempo. Karla ainda arriscou de longe, no último segundo, mas a bola bateu no aro e voltou. Ao zerar o cronômetro, as cubanas invadiram a quadra, fizeram uma rodinha e dançaram com o mascote Jay Jay, comemorando a vitória por 72 a 68.

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